Quando vamos tomar uma decisão nos negócios ou criar uma solução, sempre buscamos meios de fazer as melhores escolhas. Buscando novos conceitos e métodos para isso acabei me deparando com o Design Thinking, que me causou interesse e hoje acabou como uma das minhas ideologias profissionais.
Quando ouvi falar no Design Thinking, fiquei impressionado com os conceitos e com o que ele se propõe a mudar, mas depois de um tempo estudando o assunto acabei me deparando com uma barreira muito difícil de ser quebrada: Retirar a essência da ideologia e utilizar o conhecimento que me foi entregue para mudar as minhas ações no dia-a-dia.
Não sou formado em Design, mas fui ensinado por um grande amigo Designer que muito mais que uma técnica superficial para inovar, o Design Thinking é uma ideologia e que os conceitos que são passados devem ser entendidos na sua essência e incorporados na vida.
Para mim, após um tempo imergido nesse mundo, o Design Thinking acabou se tornando mais uma forma sugerida de ensinar conceitos de criação que sempre existiram, mas que as pessoas têm dificuldades de assimilar e incorporar na sua rotina, tentando através do formato metodológico, de uma forma mais prática, forçar para que utilizem realmente no momento de concepção de uma solução.
Acabo vendo muitas pessoas ficarem no campo da superficialidade, mantendo o Design Thinking somente como uma brincadeira, uma sessão de brainstorm, colando post-its na parede e ficando com a imagem de “Palavra do Momento”, mas não conseguindo retirar o seu núcleo, a sabedoria contida no conceito, e o mais importante, colocar para fora do papel, para a prática, mudando suas ações.
O exercício de quebrar essa barreira, de mudar sua visão de como as coisas são feitas, entender que os conceitos lá dentro sempre existiram e realizar que o problema real é o “pôr em prática”, são o grande ponto que buscamos.
Para tentar explicar melhor o meu ponto de vista, vou colocar quatro frases abaixo. Leia e me responda sobre qual assunto estou falando:
Estou falando do processo de Design Thinking, certo? Não. Estou relatando o processo de criação de um terno, por um alfaiate francês do século XVII.
Volte e releia as frases, constatando que o processo de criação de um alfaiate sempre cumpriu todas as etapas do design e veja que esses conceitos que estudamos hoje sempre foram utilizados, vividos de maneira empírica, por muitos e muitos anos.
Nós, como muitas vezes caímos no vício de ficar filosofando sobre os conceitos e pensamentos, esquecemos que o mais importante é o exercício de utilização do que aprendemos no nosso dia-a-dia.
Retirar a essência do que está sendo ensinado e colocar em prática, tirando para fora dos livros, é o segredo.
E este tem sido o grande desafio para mim, esta nova visão de mundo que me foi ensinada, fazendo como o alfaiate: Quebrando a barreira do superficial e colocando em prática, exercitando todos os dias, os valores do Design Thinking no meu trabalho e na minha vida.
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