Design

Design thinking e planejamento estratégico. Como fundi-los?

Um planejamento estratégico bem estruturado e com poder para revolucionar uma empresa precisa ter foco nas pessoas, sejam elas clientes ou colaboradores, para descobrir por exemplo onde a organização precisa chegar e como fará para alcançar esse objetivo. É aí que o design thinking entra em ação.

Por meio dele é possível ampliar o leque de possibilidades, descobrindo inclusive caminhos nunca antes percorridos, mas que podem trazer resultados de forma eficiente. Em outras palavras, este conceito permite que o planejamento seja elaborado de forma inovadora.

Se esse é o seu objetivo: apresentar possibilidades inovadoras nos planejamentos da empresa em que atua, continue a leitura, ao captar o conceito apresentado você provavelmente surpreenderá o seu gestor.
 

Você conhece MESMO as particularidades de cada uma das metodologias?

 
É impossível unir dois conceitos se você não conhece as particularidades de cada um, afinal são essas características que juntas darão forma a uma “nova” metodologia. Por isso, que tal relembrar os conceitos básico do planejamento estratégico e do design thinking antes de descobrir como uni-los?

Basicamente, o planejamento estratégico é uma forma de implantar um conjunto de ações que ajudarão a empresa a alcançar no futuro os objetivos traçados no presente.Para que isso seja possível a metodologia sugere uma análise SWOT e a definição de metas, prazos, público-alvo e estratégias que serão adotadas com base nos recursos disponíveis.

Por fim, conforme ocorre a implementação, os ajustes vão sendo realizados de acordo com os feedbacks obtidos.

Já o design thinking é um processo mais criativo e menos metódico que o anterior. Se dá com base no estudo de possíveis problemas, porque eles existem e se na verdade eles não são consequência de outras adversidades maiores que ainda não tinham sido descobertas.

Além disso, o design thinking também busca entender o perfil dos clientes (físicos ou jurídicos) que sofrem com esses contratempos na tentativa de encontrar hipóteses de soluções que futuramente serão prototipadas para que dentre elas a mais eficiente seja adotada.
 

Como transformar conceitos distintos em um eficiente Megazord?

 
Nos anos 90 havia uma série de TV infanto-juvenil, Power Rangers, em que alguns heróis se uniam e juntos formavam um robô guerreiro muito mais poderoso, o Megazord. Mas para que a junção desse certo cada Ranger precisava se unir com um par específico. Com o planejamento estratégico e o design thinking o processo é parecido.

As características do design thinking precisam ser inseridas em etapas estratégicas do planejamento para que o resultado final seja satisfatório e eficiente. Entenda abaixo como essa junção acontece:

Na primeira fase do planejamento estratégico é preciso responder a algumas perguntas que auxiliarão no direcionamento da empresa, como:

  • Qual é a situação atual da empresa?
  • Qual é o objetivo a ser alcançado?
  • Quais caminhos podem levar a esse objetivo?
  • Quem ajudará a empresa a trilhar este caminho?
  • Como é o cenário mercadológico no qual a empresa se encontra?
  • Quais serão os OKRs utilizados durante a implementação da estratégia?

Nessa etapa é fundamental que a imersão proposta pelo design thinking seja posta em ação. É preciso coletar dados que permitam encontrar respostas para as perguntas acima e posteriormente levantar informações relacionadas aos colaboradores da empresa, departamentos, hierarquia… Toda informação obtida será utilizada como combustível para encontrar soluções.

A ideia é que com a fase de imersão todos os problemas fiquem claramente expostos: suas origens, proporções, áreas de impacto, etc.

O próximo passo é organizar todos os dados obtidos, enquadrar o problema mais latente e utilizar a fase de ideação do design thinking para obter respostas.

É imprescindível que todos os envolvidos no processo colaborem com ideias e tenham liberdade de serem criativos sem nenhuma restrição, só assim a barreira do tradicionalismo poderá ser quebrada, dando espaço para a inovação.

Por fim, é chegada a hora da prototipagem, uma fase do design thinking que visa, a baixo custo, materializar soluções e testá-las para descobrir o que realmente funciona na prática. Os gestores podem por exemplo, eleger um entre os projetos mais eficientes e que realmente ajudam a empresa a chegar nos objetivos definidos no planejamento e botá-lo em prática.

Conforme novos problemas forem surgindo ou necessidades de melhorias forem sentidas, as etapas do design thinking aplicadas ao planejamento estratégico podem ser repetidas até que se encontre resultados satisfatórios.
 

Quando deve haver contato direto com o cliente?

 
É muito comum que ao desenvolver um planejamento estratégico a equipe responsável tenha contato com o cenário mercadológico real somente durante o plano de ação, que é onde são feitos os ajustes e avaliações. Mas ao unir o planejamento com o design thinking, esse processo muda um pouco, veja:

O ideal é que os gestores proporcionem oportunidades para que a equipe envolvida possa entrar em contato direto com o cliente desde a fase de coleta de informações. Isso porque é preciso que os colaboradores entendam todas as necessidades do cliente, mas com a perspectiva destes.

As soluções oriundas do processo de design thinking para o planejamento estratégico devem ser desejáveis, factíveis e viáveis, por parte do cliente. E a melhor forma de descobrir o que é desejável é entrando em contato direto com quem precisa dessa solução.

O planejamento estratégico é quem norteia uma organização, mas é o design thinking quem amplia a visão para os caminhos existentes. A mistura das duas metodologias pode oferecer o que há de melhor nos dois conceitos para auxiliar a empresa a alcançar objetivos claros, mas de forma inovadora.

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