Falar de inovação ficou difícil desde que o termo se “banalizou”. Ás vezes, vivenciamos isso: agregar valor; pensar fora da caixa, User Experience, e até, falando mais especificamente de produto ou de tecnologia. Muitas vezes, o mercado torna a parte o todo ou simplesmente repete a expressão a esmo. O jargão ganha a boca ou as ruas, mas banaliza-se a expressão, mas não o conceito. Falar de inovação, as vezes parece isso.
Há inúmeras definições para inovação. Há também a visão de algumas classificações para inovação – produto, processo, modelo, marketing. Mas, gosto de beber do pensamento de Peter Drucker, tremendo defensor da inovação ao longo de suas décadas de carreira, para quem inovação era “transformar uma ideia diferente em algo lucrativo”. Seja modelo de negócio, seja produto, seja processo, seja uma necessidade que ninguém sabe que tem, esse é o foco: posicionar-se, manter-se competitivo, perpetuar-se.
Equivocadamente, gerou-se a sensação de que inovação é um espasmo de genialidade, restrito a uns “gatos-pingados”, que muda a história da humanidade da noite para o dia. Mas, inovação deve ser processual (até para que esses estalos aconteçam) e está muito associado a:
Quando se trata de tecnologia, software em especial, há uma mudança de mindset. Só para pontuar: de início sair da visão de projeto para uma visão de produto, que será objeto de muitos dos nossos artigos, daqui para frente. Por hoje, é preciso essa visão de que inovação, olhando para o ciclo de vida de produto e a competitividade do negócio, é uma necessidade que auxiliará de um lado a reduzir o ciclo de maturação do produto e do outro alongar o caminho até a fase de declínio. Voltando a Drucker, diria, que inovação é transformar necessidades em ideias lucrativas pelo máximo de tempo possível. Uma corrida do ouro.