Um planejamento estratégico bem estruturado e com poder para revolucionar uma empresa precisa ter foco nas pessoas, sejam elas clientes ou colaboradores, para descobrir por exemplo onde a organização precisa chegar e como fará para alcançar esse objetivo. É aí que o design thinking entra em ação.
Por meio dele é possível ampliar o leque de possibilidades, descobrindo inclusive caminhos nunca antes percorridos, mas que podem trazer resultados de forma eficiente. Em outras palavras, este conceito permite que o planejamento seja elaborado de forma inovadora.
Se esse é o seu objetivo: apresentar possibilidades inovadoras nos planejamentos da empresa em que atua, continue a leitura, ao captar o conceito apresentado você provavelmente surpreenderá o seu gestor.
É impossível unir dois conceitos se você não conhece as particularidades de cada um, afinal são essas características que juntas darão forma a uma “nova” metodologia. Por isso, que tal relembrar os conceitos básico do planejamento estratégico e do design thinking antes de descobrir como uni-los?
Basicamente, o planejamento estratégico é uma forma de implantar um conjunto de ações que ajudarão a empresa a alcançar no futuro os objetivos traçados no presente.Para que isso seja possível a metodologia sugere uma análise SWOT e a definição de metas, prazos, público-alvo e estratégias que serão adotadas com base nos recursos disponíveis.
Por fim, conforme ocorre a implementação, os ajustes vão sendo realizados de acordo com os feedbacks obtidos.
Já o design thinking é um processo mais criativo e menos metódico que o anterior. Se dá com base no estudo de possíveis problemas, porque eles existem e se na verdade eles não são consequência de outras adversidades maiores que ainda não tinham sido descobertas.
Além disso, o design thinking também busca entender o perfil dos clientes (físicos ou jurídicos) que sofrem com esses contratempos na tentativa de encontrar hipóteses de soluções que futuramente serão prototipadas para que dentre elas a mais eficiente seja adotada.
Nos anos 90 havia uma série de TV infanto-juvenil, Power Rangers, em que alguns heróis se uniam e juntos formavam um robô guerreiro muito mais poderoso, o Megazord. Mas para que a junção desse certo cada Ranger precisava se unir com um par específico. Com o planejamento estratégico e o design thinking o processo é parecido.
As características do design thinking precisam ser inseridas em etapas estratégicas do planejamento para que o resultado final seja satisfatório e eficiente. Entenda abaixo como essa junção acontece:
Na primeira fase do planejamento estratégico é preciso responder a algumas perguntas que auxiliarão no direcionamento da empresa, como:
Nessa etapa é fundamental que a imersão proposta pelo design thinking seja posta em ação. É preciso coletar dados que permitam encontrar respostas para as perguntas acima e posteriormente levantar informações relacionadas aos colaboradores da empresa, departamentos, hierarquia… Toda informação obtida será utilizada como combustível para encontrar soluções.
A ideia é que com a fase de imersão todos os problemas fiquem claramente expostos: suas origens, proporções, áreas de impacto, etc.
O próximo passo é organizar todos os dados obtidos, enquadrar o problema mais latente e utilizar a fase de ideação do design thinking para obter respostas.
É imprescindível que todos os envolvidos no processo colaborem com ideias e tenham liberdade de serem criativos sem nenhuma restrição, só assim a barreira do tradicionalismo poderá ser quebrada, dando espaço para a inovação.
Por fim, é chegada a hora da prototipagem, uma fase do design thinking que visa, a baixo custo, materializar soluções e testá-las para descobrir o que realmente funciona na prática. Os gestores podem por exemplo, eleger um entre os projetos mais eficientes e que realmente ajudam a empresa a chegar nos objetivos definidos no planejamento e botá-lo em prática.
Conforme novos problemas forem surgindo ou necessidades de melhorias forem sentidas, as etapas do design thinking aplicadas ao planejamento estratégico podem ser repetidas até que se encontre resultados satisfatórios.
É muito comum que ao desenvolver um planejamento estratégico a equipe responsável tenha contato com o cenário mercadológico real somente durante o plano de ação, que é onde são feitos os ajustes e avaliações. Mas ao unir o planejamento com o design thinking, esse processo muda um pouco, veja:
O ideal é que os gestores proporcionem oportunidades para que a equipe envolvida possa entrar em contato direto com o cliente desde a fase de coleta de informações. Isso porque é preciso que os colaboradores entendam todas as necessidades do cliente, mas com a perspectiva destes.
As soluções oriundas do processo de design thinking para o planejamento estratégico devem ser desejáveis, factíveis e viáveis, por parte do cliente. E a melhor forma de descobrir o que é desejável é entrando em contato direto com quem precisa dessa solução.
O planejamento estratégico é quem norteia uma organização, mas é o design thinking quem amplia a visão para os caminhos existentes. A mistura das duas metodologias pode oferecer o que há de melhor nos dois conceitos para auxiliar a empresa a alcançar objetivos claros, mas de forma inovadora.