Técnico

Quebrando regras conscientemente

É muito comum não prestarmos a atenção nas possibilidades e variações de uma ferramenta quando acabamos de aprender. E isso não acontece só nas ferramentas conceituais mais também nas ferramentas cotidianas.

Veja o caso do controle de vídeo game, nosso primeiro contato com ele se resume aos seguintes comandos: direcionais, “X”, “Quadrado, “Bolinha”
e triângulo.

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Pois bem, conforme você vai criando afinidade não só com a “ferramenta” mais também com necessidade do desafio, o jogo. Você começa uma parte de exploração muito interessante.
Você acaba criando composições para que você consiga enfrentar os desafios e se superar. Descobrindo assim uma infinidade de possibilidades não só com a ferramenta que controla mas também em como você pode controla-la e atingir resultados diferentes.
Hoje muito se discute sobre design e suas derivações, agil, design thinking, design sprint, visual thinking, design de serviço e etc, e em todas essas metodologias existem inúmeras ferramentas de empoderamento para uma solução mais eficaz. Só que assim como o controle de vídeo game, que acreditamos que ficaremos para sempre no direcionais, “X”, “Quadrado, “Bolinha” e triângulo, levamos assim também as demais ferramentas que supostamente conhecemos.

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Durante os meus momentos de explorações e aprendizados eu percebi alguns estágios de aprendizado até o momento que conseguimos de fato absorver a aplicar o que foi aprendido.

Estágio 1 – Incompetencia Inconsciente
Você nem sabe o que você não sabe.
Você nem sabe que é possível fazer a comemoração com o jogador.

Estágio 2- Incompetencia consciente
Você sabe que você não sabe. Portanto você questiona:
Você sabe que é possível comemorar com o jogador, mas ainda não sabe como fazer.

Estágio 3- Competencia consciente
Deixa comigo: Você acha que sabe.
Você vê na internet, e tenta reproduzir.
Segue as instruções para conseguir fazer com o que o jogador faça a comemoração.

Estágio 4- Competencia inconsciente
Acontece naturalmente.
Você já o gol e tcharammm o jogador já sai comemorando.
Sua atenção não está mais dedicada a reprodução consciente do ato, o fluxo acontece espontaneamente.

Esses quatro momentos expressam uma evolução do conhecimento e do aprendizado de tal forma que conscientemente as regras das ferramentas serão naturalmente quebradas afim de atingir o objetivo e aceitar novos desafios.

Com a variedade de informação que transita na internet nos dias de hoje fica muito difícil optar por uma única ferramenta e mante-lâ fiel até o último momento, afinal as coisas acontecem muito rápido e o tempo se torna cada vez mais precioso.

Pergunto a você: Você já pensou em criar a sua própria ferramenta?
Você tem o conhecimento e o entendimento do negocio ou problema, você conhece uma serie de ferramentas e suas regras o que te impede de construir a sua?

Junte-se com a sua equipe, faça um processo rápido de entendimento para manter todos alinhados, discutam sobre o problema ou negocio (quem e o que), encontrem um objetivo (foco) e comecem a desenhar de acordo com o conhecimento de cada integrante (time multi-disciplinar). A melhor solução não virá de uma receita de bolos (uma ferramenta especifica) a melhor solução vem de um coletivo que pensa e age em conjunto em um prol maior.

Quebre as regras conscientemente, tangibilize a complexidade e permita que todas as pessoas vejam o valor do que está sendo proposto ou construído.

To think is easy. To act is hard. But the hardest thing in the world is to act in accordance with your thinking. – Johann von Goethe.

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